sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Meus Fantasmas


        Onde esta o caminho a seguir para encontrar a saída, leva-me pelas correntes de sua loucura, me torna são, novo em visão, atento como no momento do rebento de minha breve existência fria.
         Esta luz que não me guia, faz-me deitar sobre dúvidas que não faço ideia das proporções, fechar os olhos já não é mais uma aventura na escuridão, e sim imagens mentais de fatos e mais fatos misturados com a imaginação.
         Na melhor das previsões podes abrir a mente, buscar da consciência as mais criativas soluções, simplesmente deixar o pensamento fluir sem os malditos filtros das emoções.
         Robótico, com instintos ignorados, corpo vitima dos sentidos apavorados.
         Olhos, ouvidos, passos calculados, medidas certas construídas sob sofridas desventuras selecionadas para enfrentar os temores da alma solitária.
         Abram as portas de suas personalidades, soltem os demônios e sintam sair dos pulmões todo ar que vos sufoca, respirem das mais puras verdades, sintam de novo o animal rejeitado, humano, imperfeito, sem cor, sem raça, sem medos, racional.
         A luz brotara de dentro para fora, e ela vira sozinha, e quando se derem conta, já será tarde, pois já serão um só.

sábado, 6 de outubro de 2012

Machismo Ponto Final


     Sabe querida, você não parece bem hoje, você quer me dizer algo sem usar as palavras novamente?
     O que terei feito desta vez?
     Você poderia ter me avisado que possuía distúrbios emocionais como um item de fábrica, quem sabe poderíamos ter superado melhor. E veja bem, não me interprete mal, estou só me baseando na razão, não quero ser machista, não posso negar meu espirito marciano afinal.
     Vejo que mais uma vez você esta se contradizendo, e a cada olhar, me joga em um labirinto que me faz lutar para descobrir a saída e finalmente te ver sorrir mais uma vez, mas sabe, hoje eu quero algo diferente, não vou buscar a saída, eu vou derrubar as paredes, dilacerar cada fragmento de fraqueza existente nesta psique construída sob pesada maquiagem. Quem sabe...
     Somos como aguá e óleo dentro do mesmo copo, e só nos daríamos bem se fossemos preparados antes com diversos ingredientes, mas a vida não nos deu todos os condimentos, agora nosso jantar é uma sopa de imaturidade, e estamos nos servindo muito bem não é?
     Qual a nossa identidade afinal, somos quem gostaríamos de ser? Nem mesmo o tesão permanece, antes seu corpo cheirava a doce, hoje eu só sinto os cigarros.
     Donas dos mais belos presentes, irmas das mais puras desgraças, madrinhas da mentira, parteiras de ódio, beleza e graça, tirando o sono da minha madrugada, deixando em pó as minhas esperanças guardadas.
     Te prezarei em recordações, mas faço questão de esquecer os últimos minutos, a quanto tempo nos não prestávamos atenção um no outro? Pena que tenha sido só para dizer adeus.

     Sei que vagam os pensamentos sobre o futuro, incertos sobre as possibilidades, imersos em luxos e vaidades, mas que tal hoje esquecermos as vontades, inundar os pulmões de fumaça, descobrir novas realidades?
     O primeiro tropeço deve ser comemorado.

domingo, 12 de agosto de 2012

Abaixo do Sol

Sabe quando você acorda, e o primeiro pensamento que lhe passa é a pergunta do que esta acontecendo? Você abre os olhos de maneira atrapalhada, o extinto de sobrevivência chamando como se houvesse alguém a espreita pronto para te atacar...mas quando consegue finalmente acordar descobre que é apenas o barulho do celular despertando ao lado do seu travesseiro, te chamando para mais um dia na vida abaixo do sol, de volta ao movimento mecânico onde mandam as leis da física.

Será que soa depressivo demais assumir que estou cansado disso?
As vezes penso que no futuro os computadores realmente tomarão conta de nós, ficaremos conectados aos nossos óculos de realidade aumentada e teremos ali nosso próprio mundo, nosso universo e nossas próprias leis, seremos deuses de nós mesmos, e o homem de hoje, sem aparatos tecnológicos e que vive a vida com plena confiança no extinto será considerado um ser da idade da pedra.

Você "acorda", toma seu banho, se alimenta, coloca a melhor fantasia social, caminha ate o ponto de ônibus, entra nele já lotado, ruma ao centro cercado por desconhecidos, cada um sentindo os mesmos sentimentos, alguns mais outros menos e outros que nem se dão conta do que sentem...Não olha ninguém nos olhos, tem medo de encontrar alguém que queira interagir...
Chega no trabalho, dá bom dia, escuta um bom dia aqui e outro ali, senta na sua mesa, e finalmente desliga sua mente, a partir daquele momento você faz parte de uma maquina que não compreende o funcionamento. Em alguns lapsos de realidade você fala alguma coisa, como aqueles chiliques que se tem enquanto dorme onde você acorda por milissegundos e logo volta a dormir, então você recebe um elogio, te chamam para almoçar e você fica contente, deus...se eu tivesse rabo ele certamente estaria abanando. Um sentimento estranho, antigo, socializar...Pessoas conversando, um universo buscando entender o outro, palavras escolhidas, expressões controladas, e você só observa, pensando, que mundo estranho o deles, será que são eles os que se dizem normais? Eu sou normal? Eu literalmente não sei fingir interesse.

No ônibus fazendo o caminho de volta pensa como seria se pudesse viver todas as realidades? Será que em alguma estaria satisfeito? Em seguida se da conta de que enquanto imagina outras realidades, a sua esta passando bem em frente aos seus olhos, e isso te deixa ainda mais depressivo. Tira um livro da bolsa para tentar distrair a mente, mas ao ler começa a associar a tudo que vive, atitudes, pessoas com focos em seus objetivos, pessoas que não fazem as mesmas perguntas que você, afinal porque encher a mente de perguntas tolas que no final darão fartura aos vermes?
Então descobri que tudo é feito por causa do dinheiro, e que por causa do dinheiro muitos aprendem ate a pensar, engravatados que por baixo das calças usam lingeries para que na primeira oportunidade rebolem aos seus chefes em troca de um pouco de atenção, nadamos diariamente no mar da hipocrisia.

Você não é mais criança, precisa comer, e se preparar para dormir novamente, amanha tudo que este mundo tem pra te oferecer o espera, e você precisa correr, correr muito para chegar, sabe-se lá onde, sabe-se lá quando...sabe-se lá quando vai acabar.








sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Mente Mecânica

Quando saem pelos ares eles assombram as suas certezas, elas retiram do conforto todos aqueles que não desejam sair de suas casas, a revolução começa por dentro.
O pensamento, é dele que estou falando, pois quando ele passa tudo que sua fraqueza adquiriu para se defender é derrubado, e quando você o domina um novo homem nasce.
Pois tudo que se faz brilhar no céu de sua mente são pássaros a voar, você é por dentro da mesma maneira como vê para fora.

Entenda minha sutiliza afinal, entenda que quero evoluir, sei que sou vários dentro de um, não há nada de religioso aqui, falo do ego, falo do mal. Afirmo com convicção o que muitos tem medo de afirmar, afirmo que nosso mundo é exatamente como desejamos que ele seja, espelho de nossa psique confusa.

Quero muito explicar o que se passa com vocês e comigo, mas como? Cada um é um universo único, realmente muitas verdades para uma única existência, e somente ao olhar de fora, de muito longe é que vemos a verdade, somos luzes, luzes sem direção, olhamos o mundo com os faróis errados.

Tentam te manter sob distração, tentam te masturbar os sentidos para que creia não existir nada além do físico, nada além do que seus olhos podem ver ou suas mãos tocar.

Infiltra-se na grandeza da sabedoria, saiba que antes das suas perguntas, existe um ser a observar, um ser que conectado pelos seus olhos vê junto o tempo passar.
Um observador curioso que assiste o mundo no camarote de sua mente. Guia-te para que faça as perguntas certas, e questiona porque no infindável mundo de perguntas do homem, nem mesmo a primeira esta respondida, afinal, quem é que esta a perguntar?

Vejam só, viajamos, e nem mesmo saímos do lugar.

Belo mesmo é o ato de pensar, constrói em ti o mirante da vontade, faz de ti humano de verdade. 

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Mundança

Bem vindo a confusão desta mente insana programada para negar, fui ensinado que o inteligente não deve contestar, fui adestrado para pensar que para socializar preciso ser uma cópia, um clone de um ser etéreo que não sente nem se move.

Em alto e bom som ecoam em minha mente os NÃOS que recebi nesta ainda breve existência, quem é quem para se dizer ao outro o que deve ou não pensar?

Neste ambiente cheio de necessidades criadas, ainda estou confuso quanto a quem realmente quero ser.
Acredito não existir essência, acredito que o que é preciso são apenas sacos de dinheiro para comprar todos os sonhos de plastico e metal que eu puder comprar.

Sou infeliz pois ainda não cheguei onde quero chegar, me pergunto quanto tempo ainda vou esperar antes de perder a cabeça e me jogar frente ao primeiro ônibus que passar.

Desejo com toda minha ganância que todos fiquem para traz, pois o trono é meu!
Sou sincero, brutal, sou um ser irracional, meu instinto é natural e meu mundo se defini apenas neste plano seco e material.
Tenha em mãos muita areia, para jogar nos olhos de quem lhe cruzar, seja pequeno, mesquinho, seja tudo que deus renegar.

Não quero provar nada neste nível, e não quero dizer nenhum segredo, quero apenas exprimir essa raiva e descobrir finalmente quem move o ser que escreve esse texto.

Não me defina pelas palavras, entenda que o bem as vezes se disfarça de mal.

domingo, 1 de julho de 2012

Pelo meu caminho


Quero chegar mais perto deste desejo, me aproximar e sentir de perto este calor, sentir sua luz, sentir seu amor.
Por quanto tempo vou me segurar, sem deixar sair este animal dentro de mim, quando vou sentir que estou evoluindo?

Quero sentir seu conforto, acomodar as minhas costas pois estou cansado, mas não me deixe fazer isso, pois se deixar eu vou falhar, e falhar não é uma boa opção, pois a falha aqui resulta em fracasso absoluto.

Estou falando da morte, que é a única certeza e ao mesmo tempo nossa maior incerteza.
Como podemos aplaudimos a chegada de uma novo ser se sabemos que ele vai caminhar por este mundo esquecido?

Existe uma conclusão verdadeira sobre isso, que para aqueles que conhecem as pessoas este mundo é de cor sépia, e para quem conhece apenas da natureza ele é de várias outras cores.

Neste local frio e branco eu fui recebido, como muitos outros, ao ver pela primeira vez a luz senti arder as retinas, contorci minha face para tentar entender o que ocorria, minha primeira inspiração entrou pelas minhas narinas como uma função automática de meu corpo fazendo meus dutos pulmonares queimarem como se tivessem em brasas.

Após o primeiro grande castigo neste plano cedi a tamanha dor e chorei, deixei escorrer de mim a vida que havia dentro dos meus olhos, gritava enquanto todos aplaudiam saudando a tremenda loucura na qual eu tinha embarcado.

Bem vindo ao formigueiro humano, onde seus olhos são bombardeados pela mídia visual, seus ouvidos destruídos pelas gravadoras, sua força sugada pelo governo e sua mentre estuprada pela religião.
Aqui você verá a queda e o nascimento de uma geração que se considera superior, e que depois cairá por uma que também se achara superior.

Somos hoje seres de carne, ossos e egos, obcecados por nossa auto imagem, idealizadores fracassados que não trazem ao mundo seus desejos, vivemos apenas dentro de nossas mentes frustradas, idealizando e martirizando em solidão tudo aquilo que queríamos sentir na pele.

Sei hoje que este é um assunto que não quer ser resolvido, concordo quando dizem que a tecnologia vai acabar com a vida social, já estamos em um processo de reclusão, em breve não será mais necessário nascer, em breve não haverá mais emoção.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Meu bloqueio mental

Ao andar pela rua, em todo este terreno modificado por esta raça, nem sequer sabemos quem as criou, digo, em qual nível de consciência estavam? Não nos conhecemos, apenas sabemos da existência por um breve segundo de nossas vidas, o que é existir?

Existir é agora, o que se vive? O simples estar no momento, é sentir à mais livre reação, é sentir bater o coração, é sentir estar lucido, vivo, ativo e pensante?

Ao andar por estes lugares, vemos as maravilhas criadas por nossas mentes, e mesmo assim não estamos satisfeitos, queremos mais, o agora não é importante, você esta tão preso à este mundo que perde a noção que podem existir outros. A maior maravilha de pensar por fora, olhar de longe, sentir com a razão, e tomar decisões com a emoção e a sensação do ser livre, mas livre para que?


domingo, 17 de junho de 2012

Fantasia Social

Como decidir o que é melhor para si se nem mesmo discernimento sobre o que é bom se tem?
Quando lhe poem uma ideia que lhe parece lógica e outra pessoa lhe mostra outro caminho ainda mais lógico, o que escolher?

Você também se sente incompetente, você também se sente preguiçoso por não ter pensando nisso antes?

Vivemos tão sem tempo, tão cansados, tão estressados, e deixamos tudo para depois crendo que tudo tem um momento certo para se fazer, para tudo temos uma desculpa.

Preguiça é o nome dado ao ato de descansar antes de estar cansado, se não fosse a preguiça de fazer a diferença, a preguiça de evoluir, a preguiça de pensar, quem sabe tudo seria diferente, o mundo não foi feito por preguiçosos o mundo foi feito por pessoas que faziam o que faziam por amor, ou determinação, simples prova para si de que era capaz de chegar.

Sinto-me com um ego inflado, mas ao simples fato de não encontrar palavras para expressar o que sinto me sinto apenas mascarado, mascarado para não parecer burro, mascarado para ser aceito, mascarado para parecer ser alguém.

Quantos outros não compartilham deste mundo?

Estamos vivendo a época do parecer, muitos falam que para ser primeiro deve-se parecer, se esqueceram que mesmo ao parecer a vida não para de correr, no final pela pressão e desanimo você se contenta em não ser e que é muito mais importante se ter.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Wonder Weed World

Wonder Weed World.

Mais uma vez estou aqui presente com o nível mais elevado de minhas funções, sinto ter inalado o verdadeiro elixir da verdade, das razoes e emoções.

Sinto-me vivo!
Estou alegre e consciente, faço dos meus dedos os meios para transcrever-lhes por meios digitais as alegrias de se pensar por fora, a maravilha do mundo visto em 360°.

Pudessem todos estar tão atentos, tamanho é neste mundo a desgraça do pensar do que pôde ser e não foi, parou no tempo, restou-lhe apenas a lembrança do pensamento, como será que seria?

Olho no fundo dos seus olhos, e vejo a tristeza, a confiança depositada, a expectativa frustrada, seus olhos me olham com dó, pensam "é mesmo uma pena", eu sei que todos pensam! O que será que deu errado?

Falo aqui da frustração, o sentimento dos fracos, os que se enganam querendo ver em outros aquilo que não puderam ser.
Querem fazer clones, quantos foram os de fato sábios que não buscaram marcar o nome na história, e quantos outros não fizeram por amor?

Volto também no tempo, conforme sou atacado por fatos chamativos como sons e imagens, moldo a mente afim de buscar ficar cada vez mais consciente.
Busca interpretar os padrões, busco no espaço uma maneira de voltar a sonhar.


Queríamos todos na verdade nos queimar por dentro, reconstruir tudo, mais e mais vezes.

Não se lamente, lute fortemente, tenha fé no peito pois enquanto respirar terás a força de um leão.

Olhos nos olhos, respiração tranquila, semblante sereno e calmo, aperfeiçoo meu ser pois ainda estou em missão, apresentarei o meu mundo quando encontrares novamente o seu coração. Vague com calma, e tenha cuidado com os males da mente, pois ali esta tudo o que precisa, depois de mim claro, seu espirito. Juntos temos todas as respostas.

A cada minuto uma nova linha neste espaço e tempo, ocupando este minimo lugar sinto-me confortável e seguro, quantos querem o ter, e quantos querem ter outros?

Fato a se lembrar que o mais importante aqui é se sair grande, carregando todo peso que puderes, e principalmente, que saiba molda-los em sabedoria.

Tenha fé, acredite pois aqui estamos em uma sobre vida, nada é de fato verdade. Neste mundo a única verdade é que se você mesmo após 20 anos, tem a mesma visão do mundo de quando era jovem, sinto dizer que você perdeu 20 anos de vida.

Janelas vão aos poucos se fechando, como se fossem vizinhos incomodados com tamanha luz.
As vezes penso que naturalmente deveríamos ser assim, lúcidos, mas no caminho alguém de alguma forma nos impôs um bloqueio.

Tempos de calma e luta.

domingo, 3 de junho de 2012

Passeios da Alma


A neblina não me permitia enxergar um metro de distância naquela manhã, tive de cerrar os olhos para poder caminhar.
Não era ao trabalho que eu rumava, sai simplesmente porque não aguentava mais ficar em casa, estava cansado de tudo, estava cansado até de mim mesmo.

Fui no intuito de fazer tudo diferente, de chegar para ela e falar o que tenho vontade de falar, de colocar no mundo as ideias que quero colocar, inserir na minha vida uma nova engrenagem que não pare nunca de rodar.

Ao nascer do sol, logo senti os primeiros raios aquecendo meu agasalho, agasalho este que eu nem sabia por que havia colocado, pois há anos eu não sentia frio, há anos eu não sentia nada.

Muitos falam que a morte acontece depois que o coração para de bater, eu me perguntava se era possível alguém morrer por simplesmente parar de temer...

Eu não temia mais nada, de repente a morte pareceu a única resposta para as perguntas não respondidas, a única saída para esgotar o mar de perguntas que me congestionava a mente antes de dormir. Logo nada mais me causava interesse no mundo dos vivos, o mundo dos mortos parecia fazer muito mais sentido.

A tolice do medo me fez caminhar por mares improdutivos, que me fizeram perder quilos de felicidade, que me fizeram deixar de falar com ela na primeira vez, que me fizeram deixar de expor as ideias que eu queria expor.

Eu ainda não sei bem o que aconteceu, mas acredito que tenha sido mesmo um sonho...Foi no sonho que ele me disse para voltar, voltar e encontrar em qual caminho eu havia me perdido, mas eu não lembrava e então pedi que me ajuda-se, e ele me ajudou, ajudou a voltar nos meus tempos de infância, para então reviver os traumas que ate hoje me causavam tormentos, eu jamais imaginava...

Como um chamado, eu acordei naquela manha e sai cedo de casa, a neblina não iria me impedir de buscar ouvir a voz dela, a timidez não iria me impedir de expor minhas ideias , eu me sentia livre, eu me sentia completo, eu estava feliz!

A caminhada suave, os passos despreocupados pelo caminho mais longo, eu agora estava no lugar certo na hora certa, eu sentia o calor do asfalto, sentia a leve brisa, o som tocando em meus ouvidos, quando então escutei de longe um ruído incompreensível, e em seguida o impacto...

 Eu estava vendo tudo de cima, me via no chão com várias pessoas em minha volta, mas eu não estava lá, eu estava livre, agora eu era energia, agora eu era alma.
Acho que de fato acordei grande demais para este mundo naquela manhã, fui buscar novas perguntas.

domingo, 27 de maio de 2012

Nosce te Ipsum

Todos estão por ai, tão criativos, esbanjando suas vidas enquanto você fica parado, deixando a vida escorrer pelos dedos, tentando ainda encontrar a si próprio. Que tipo de espécie é você? Será alguém mais atrasado nesta estranha linha da vida?

Todos tem tantos interesses e você cada vez mais desanimado, procurando uma coisa de cada vez. Você esta fazendo errado!

Tem que ir com garra, por a cara a bater e não abaixar a cabeça. Tem que olhar no olho de quem te encara e mandar tomar no cu, porque aqui desse lado tem muita vontade, procurando um estopim pra estourar.

As noites perdidas e todos os dias de arrependimento devem ser lições e não repetições, ao caminhar deves se tornar forte e andar mais ereto, e não se curvar a vontade do homem, não seja um desesperado procurando uma porta aberta na espreita de alguém, deve-se ter racionalidade.
Aqui não tem ninguém para te ajudar, você tem que se virar sozinho, porque nem o colo da mamãe vai salvar, aqui ganha quem tem mais DINHEIRO.

Procure uma saída rápida, pois o tempo é curto, você tem dois caminhos a escolher, o conformismo, ou a mudança, mudança total, reprogramação letal, que pode te deixar louco, mais é a maior gratificação, loucos mesmos são os conformados, é uma questão de honra a própria especie não ser conformado, pois temos o dom da razão e devemos usa-lo.

Façamos da vida algo útil, vamos construir nem que seja para cachorros, mas que seja pelas nossas mãos, humanas, um louvor de toda nossa capacidade e integridade.
Que se ganhe a corrida da vida, e os calos da mão tenham cada um uma história para contar, pois a verdadeira alegria esta no caminho, e a verdadeira plenitude esta no amor.

Se pudesse hoje voltar tornaria tudo mais fácil, mas cada um vive de acordo com seus preceitos, e quem disse que preceitos não mudam, vou provar que estão errados.

Sou de fato incompreensivel e distante da perfeição que desejo, almejo distâncias que me tragam paz, vida e o contato com Deus. Quero livrar-me de todas as amarras sócias e deixar a mente explodir em arte e poesia para todos que desejarem ler da ganância, sexo e psicodelia.

Faça mais do que esta ao seu alcance, faça ate os braços caírem de seu corpo. Substituir o desejo de fazer para ganhar, pelo desejo de fazer por amar.

E agora, será que você sabe amar?


38 Graus

Texto de @Ticostacruz.

Leia o original aqui.



38 graus


Desejei cada molécula do seu corpo. Identificando fotos  que lhe pertenciam e que  instigavam minha imaginação, fazendo delas meu relicário, meu altar, minha reza de luxúria. Feições delicadas com um olhar sedento de uma atmosfera insaciável. Expressão de quem esconde um segredo envolvido pela alma da aventura, da entrega, do perigo, do desejo. Nossos diálogos em momento algum ultrapassavam a sutileza de quem compartilha as mesmas intenções sem precisar manifestá-las em palavras vulgares.
 Nós dois sabíamos que viveríamos esse encontro. Quando seria? Como seria?
  
 A começar pelo esconderijo perfeito, longe das especulações, das suposições maliciosas de quem se permite apostar na vida alheia.
 Talvez um porão com cortinas de seda em chamas, um abajur  a meia luz e vinho. Apenas o colchão no chão com lençóis brancos, que abandonaríamos completamente molhados de suor e gozo.
 Talvez um sótão com janelas expostas para a lua, apenas com a luz dos prédios ao redor e da rua, iluminando a beleza de sua geografia natural e feminina. Uma cama barulhenta, que denunciasse cada orgasmo, cada perda de oxigênio, cada sussurro, cada pensamento insano, no descontrole do êxtase de nossos toques sem pudores.  
 Os lábios grudando como sanguessugas esfomeados. O cheiro do ar que escapa pelo nariz inundando de tesão as entranhas. O ventre que se curva na espreita do contato com a pulsação do músculo em movimentos involuntários.
 As mãos que indicam por quais caminhos seguir. Os dedos que tateiam as extremidades. O bico do seu seio eriçado por baixo das vestes. O cabelo macio na pele mais clara da nuca maculada.  A cor do seu esmalte. O detalhe da sua sandália de salto. O brinco que quase fura minha língua.
  
 Vem a madrugada...
  
 Então te despes lentamente. Vira de costas e me oferece o pescoço nu. Sinto tua febre. Seus pelos arrepiados. A pele macia, o gosto do seu gosto. Desço esfregando meu rosto em contato com seus poros, deixando um rastro levemente rubro. Vagueio por entre suas pernas com a saliva escorrendo pelo canto da minha boca. Tu prendes minha cabeça entre tuas coxas, te sentas olhando meus olhos, apóia as mão para trás e  me dá ordens. Sinto seus espasmos quando afasto para o lado a pequena calcinha que te protegia. Miro nos sua órbita e percebo seus dentes mordendo os lábios. Chego bem próximo a ponto de me embriagar no cheiro do seu sexo, mas retorno sem tocá-la. Te arranco um gemido. Tu me pegas pelo cabelo e me trás com força, como se quisesse colar meus olhos no seu umbigo. Eu vou. Ajoelhado como um fiel devoto. Como se fosse receber a hóstia de seu inferno particular e libertar todos os demônios para um passeio nos jardins divinos, impróprios, proibidos para os não santos.
  
 O tempo se perde entre os relógios da cidade. Há qualquer coisa de música em cada espaço seu. Sinto como se possuísse dois corações, talvez três, talvez mil. Sinto como se fosse o efeito de um entorpecente aliviando a fissura do viciado. Invado o que não me pertence e me comporto como um violador, vasculhando cada fresta sua, cada segredo seu, me aproveitando dessa hipnose como uma serpente encantada sob o olhar atento dos espectadores a espera do ataque mortal que desencarnará o pobre homem cru.
  
 Te coloco de quatro, toda arreganhada e te chupo inteira.
 Dispenso a ordem poética da sedução. Porque agora é carne, é sexo, é violento, é forte, intenso como o encontro de dois animais num confronto vital pela continuação dessa existência. É o primitivo, o condenável, o que os outros não tem coragem de levar adiante por medo do pecado e do julgamento de Deus. Entre nós o prazer assassinou a culpa com uma facada nos olhos, depois cuspiu o sangue no chão.
 Agora estamos em transe. Estamos avançando os limites. Estamos derretendo coisas. Estamos grudados um no outro, respirando fora de compasso. Te envolvo com meus braços, te pego pelo pescoço. Te empurro todo meu corpo, como se fosse possível me transformar em você ou a você em mim.
 Você esfrega sua bucetinha depilada em mim, sinto como se estivesse derramando água na minha barriga, mas não é água, é diferente, é melado, é viscoso. Estamos os dois distantes de todo o bom senso e sacrificando qualquer moral.  É sexo, é carne, é violento, forte, como um choque entre dois corpos celestes.
 Você agora e por hora pertence a mim.
 Só faz o que eu mandar.
 Goza na minha boca.
 Deixa eu respirar dentro do seu útero.
  
 Ainda temos algum tempo para destruir todas as paredes desse lugar.
 Ninguém nos tira daqui.
  
 

Fode comigo.

Psicodelia Sem Escrúpulos

     Leon nasceu em Novembro de 89, anoitecia e chovia, uma tarde fria e melancólica para a família, já que acabaram de perder a casa em um incêndio causados pelos descuidos do agora tio de Leon.
     Dinheiro nunca foi o maior problema da família, mas não podiam esbanjar, com a compra de uma nova casa e nova mobiliá talvez as coisas ficassem um pouco difíceis no futuro.

     Leon foi crescendo e teve uma infância atribulada, apesar do frequente caos a sua volta, apenas não entendia o que acontecia, e os gritos vindos dos diversos cantos da casa eram por motivos que ele não fazia questão de entender.
     Leon tinha uma precária estrutura familiar, e sua mãe o pôs na escola para enfim iniciar os estudos. Odiava aquele lugar, e desde cedo pensava em como se livrar das cobranças, bolava planos para destruir o carro e desmoralizar seus professores, mas nunca os realizou.
     O mais próximo que chegou de realizar suas façanhas foi em suas frequentes brigas na escola, que constantemente o levavam a diretoria com a camiseta suja de sangue , vários uniformes tiveram de ser substituídos, ate sua mãe não poder mais compra-los, o que fez com que tivesse de usar o que estava menos manchado, e lhe causava grande constrangimento pois não gostava de parecer pobre para a escola, para sua tristeza era verdade, a família estava empobrecendo.

     Leon cresceu e não concluiu os estudos, ainda em casa com seu tio frequentemente bêbado, resolveu dar um basta naquela situação, pois não suportava mais fingir não ver as marcas causadas no resto da família, e todo o dinheiro de sua vó transformar-se em álcool e outras drogas, o basta chegou  em forma de pá, direto  no osso parietal da seu tio, o impacto abriu o crânio como se fosse um melão, todos ficaram chocados com a cena, mas Leon sábia que no fundo todos estavam lhe agradecendo, afinal fez o que achou que tinha que ser feito, apesar da falta de diálogo aprendeu que a vida não deve ser desperdiçada em drogas que simplesmente fazem seu usuário esquecer dos problemas, vendo seu tio ele aprendeu a abominar pessoas assim, e decidiu então acabar com a situação, pois achava que a vida de seu tio fora então disperdiçada ate aquele momento, e que não haviam mais saídas para ele, fez enfim sua justiça.

     Enxergou rápido que não poderia chamar aquele lugar novamente de lar, pois todos apesar de não sentirem falta do estrume dopado que antes ocupava ali um espaço, nao iriam aceitar o que fez Leon, apenas o que devia ser feito, os dogmas de seus pais a sua vó o viram apenas como um ser sem sentimentos , sua mãe não o reconhecia como filho e não entendia que aquele menino era produto de sua criação.

     Leon estava com 19 quando foi morar no centro antigo de São Paulo, em um minimo espaço de um prédio dividido com outras famílias, ele se impressionava quando conhecia alguém do mesmo local que dividia o esmo espaço com 3 ou 4 filhos, achava um absurdo escutar estas estórias e sentia a revolta lhe corroer o peito ao imaginar tamanha irresponsabilidade, "matei um homem, mas fiz de uma vez, matar outro ser aos poucos é o pior dos castigos" ele costumava dizer isso ao ouvir coisas parecidas pois acreditava que a pobreza e a ausência  dos pais eram o motivo de muitos hoje se encontrarem em situação de decadência. Ali naquele meio Leon aprendeu muitas lições, e apesar de julgar todos que ali moravam como preguiçosos, acreditava que sua situação era passageira, e que logo iria abandonar aquele lugar pois o seu destino iria mudar, e foi o que de fato aconteceu...

     Certo dia Leon estava rumo ao seu emprego, suposto cargo de confiança que possuía em uma das pequenas empresas da redondeza, certamente uma faxada para esconder o que fazia durante seus hábitos noturnos, aliciando candidatos para experimentar os efeitos de seus chás de cogumelos criados com  promessa de oferecer as mais intensas viagens espirituais. Tinha um local especifico para isso, do outro lado da cidade em uma zona industrial com vários galpões abandonados.

     Logo ao sair da casa de seus pais Leon manteve fixa em sua mente a imagem de seu tio caindo imóvel no chão após receber o fatal golpe que lhe esfacelou o crânio, para suprimir o horror Leon foco-se no motivo de seu ato, que foi libertar a alma de seu tio para o devido julgamento, acreditava de fato ter feito um bem a outro ser, libertando-o. Com base nesta suposta libertação concedida a seu tio, Leon experimentou diversos métodos de libertação e auto conhecimento, ate chegar aos cogumelos alucinógenos que foram os que maior tangibilidade lhe trouxeram as suas experiencias.

     Com a ajuda da internet divulgava suas experiencias, e passava mensagem que supostos seres de outra dimensão lhe diziam enquanto estava em transe, logo seguidores começaram a lhe pedir conselhos, que foram respondidos através de seus cogumelos. Criou um ambiente próprio para seus rituais, e começou a convidar  interessados em participar de sua doutrina. Estava satisfeito, enfim sentia-se especial, a promessa de infância finalmente chegára, "esta é minha missão, salvar vidas, ou então envia-las para o julgamento".

     Aqueles que experimentavam seus cogumelos e não atingiam a viajem espiritual que Leon propunha causavam lhe grande desagrado, e acreditava que existiam motivos para que estas portas não se abrissem para tais pessoas, foi então pedir conselhos dentro de uma de suas viagens. A resposta que conseguiu foi que tais pessoas eram fracas de espirito e portanto não tinham nenhuma crença e valor e vida, portanto deveriam ser enviadas para um julgamento adiantado.

    Leon criou tamanha notoriedade em seu ocultismo, que mesmo tendo conhecimento do julgamento, haviam interessados que o procuravam com frequência para realizar as viagens, já que em histórias contadas por aqueles que haviam passado pela viagem e atingido o nirvana contavam hoje estarem felizes e prósperos. Diante de tal promessa Leon teve sempre vários seguidores, tudo fugia aos olhos das autoridades que ficavam sabendo de suas façanhas apenas por falácias, era conhecido pelos mais sensacionalistas como ceifador, isso lhe dava orgulho.

     Seguiu por anos neste caminho, ate enfim ser descoberto pela policia, foi estampado como monstro na capa dos jornais, em uma das manchetes constava "Ceifador das Docas matava vitimas e queimava os corpos em caideiras abandonadas". Leon esta recluso em uma clinica psiquiátrica e contam que mesmo sem os cogumelos ainda se comunica com espíritos. Sua mão já uma senhora consta-se como louca, pois não acredita nas histórias que lhe contam, entende apenas ser a história de alguém com uma vida que deu errado, talvez tenha de fato lhe faltado um luz de amor. 

sábado, 19 de maio de 2012

Colecionador de Sensações

Passei por vários lugares onde não vivi, pois nem sequer estive fisicamente...
Através da  mensagem eu senti, me arrepiei e sonhei com as histórias contadas por quem cantava
a tristeza e a sorte.

A estranha saudade do rancho confortável, em meio a floresta com a sala de sofá baixo e tapetes confortáveis, nunca prestei atenção de fato a televisão, pois não estive lá também.

Através da imaginação eu sinto ser como você, quanto maior o numero de ligações obtidas e padrões enxergados com maior precisão conseguirei atingir meu objetivo.

Meu objetivo é apenas conhecer tudo o que puder conhecer, quero saber de tudo com precisão, quero colecionar o gosto da melhor sensação.


sábado, 5 de maio de 2012

Meu corpo adestrado e meu espirito observado

Trago ao vento a condição, para enfim a emoção abrir as portas da evolução.

Meu corpo adestrado e meu espirito observado.
Tento me levantar, mas estou preso ao alambrado, minha consciência esta refém e meu corpo enclausurado.

No pensamento desconexo, a ordem acaba por surgir, e o pesar da consciência antes sem forma, por fim em sabedoria se torna, lapidada do bruto, capturada no mundo das ideias, virou linguagem conexa pelos talentos de minha alma.

Ser humano dotado de sanidade, consciente das limitações do mundo físico, esta energia não tem idade, atenta-se ao olhar de quem observa, ideia que nasce junto a eternidade.

Sinto-me onipresente, meus olhos observam agora alem do que as nuvens podem observar.

Inundado pelas copias do mundo externo reproduzidos em minha mente, transformo o que vejo em obra, minha escrita vira com calma, alimento para sustentar o trauma.

Minha punição é vazia, o vivo morre sem viver, é punição com alegria, na vida se faz por merecer, a punição virou poesia, é tarde, a morte chegou sem dizer.

O que é ser livre?

Faziam 10 anos que eu havia saído de casa, sem rumo, entregue completamente ao mundo.
Descobri que existe mais coração em quem não tem nada por fora, do que aquele que tem tudo por fora mas não tem nada por dentro.

Fatos, e estórias que iluminaram minhas noites, e que me fizeram enxergam o quanto são prisioneiros aqueles que blindados de atitudes reservadas e cegos pela segurança da rotina, deixam escorrer entre as mãos suas vidas, em nome de outro.

Ao olhar no espelho vejo hoje um homem, que conhece do homem aquilo que realmente importa, o coração.

Existem aqui leões e lobos, leões são aqueles que usam da ferocidade para agir sobre os lobos, os lobos, não tem as ambições de um leão, mas sabem como fugir de suas artimanhas. 
Um homem de caráter mantem dentro de si um pouco de cada um, para ser sagas quando o convir e habilidoso quando o destino lhe pregar peças.

Hoje, a caminho do retorno, penso o que serão dos que me aguardam, quanto evoluíram? Ou em minhas palavras, quantos voltaram a ser de fato humanos conscientes de sua condição?

A lição de 10 anos é.

Quanto menos necessidades tendes, mais livres sois." Cesare Cantú

domingo, 29 de abril de 2012

Nota para lembrar, confusão.

Queremos saber da luz escondida atras da matéria.

Queremos saber do que nos reservam os sentidos senão cópias dos acontecimentos
presentes no constante caos a nossa volta.

Estaríamos sendo todos enganados, e o que vimos, tocamos, cheiramos e ouvimos, sendo apenas reproduções, talvez simplesmente não "existam"?

O que pensar de tudo quando se cai na real, e nos vemos apenas como poeira no meio a tanto espaço, e que se quer compreendemos?

Seriamos sombras de um pensamento vago, algo tão grandioso e simples que esta exposto a nossa frente, mas não nos damos conta?

Quem manda no mundo? O que é uma regra? O que somos?

E se cheirássemos o som, e se pudéssemos ver o tempo, tocar o vento, como seriamos?

Reprogramando...

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Beth só tem uma amiga

Beth não tinha uma vida difícil, Beth era feliz.
Beth não cresceu vazia, "Viva a Vida" ela dizia.

Beth arrumou um emprego, não sabia o que seu chefe queria.
Beth logo aprendeu, os gemidos de sua mãe eram por motivos que ela jamais imaginaria.

Beth leu muitos livros, entre história a anatomia, mas preferia as de fantasia, mal sabia como a vida a trairia.

Quando adulta, Beth se viu presa a monotonia, Beth perdeu sua antiga alegria.
Então Beth quis de novo a magia.

Correndo, Beth subiu pela escada com alegoria.
No alto do prédio, Beth por fim viu a chuva que chovia, correu de novo e apoiou-se no parapeito que a impedia, e Beth deu um pulo que só de lembrar me arrepia.

Beth caiu junto a noite fria, caiu no asfalto, e sua vida escorreu pelo bueiro com a chuva que chovia.

O motivo ninguém sabia, Beth não demonstrava ao mundo que sofria.

Beth tinha apenas um amigo, que ao saber da noticia não demonstrou euforia, Beth não se chamava Beth afinal, Beth se quer existia, o melhor amigo de Beth, se chamava Senhor terapia.

domingo, 25 de março de 2012

Passou...

O que é ser adulto se não enfrentar sem chorar os seus medos?
Ainda me sinto o menino de cabelo liso que pensava em guerra com seus brinquedos, com a visão inacabada do futuro que me aguarda ainda guardada no inconsciente.

Me resta hoje a saudade e facilidade de buscar na internet os fatos que me lembram os dias inocentes, onde a comunicação era através de risadas e olhares tímidos, e a palavra responsabilidade nem fazia sentido senão almoçar sem derrubar suco na mesa.

Vó e mãe, são figuras ainda intocáveis, sem a "morte" psicológica causada pela chegada da adolescência.

Aprende-se que viver é muito mais que aquele quarto e o video-game, que não da pra ser feliz apenas vivendo de sonhos, e que acordar para o mundo as vezes é bom.

Somos todos abençoados pela simples capacidade de pensar, nos ver em um meio onde não existe só maldade, mas existem pensamentos bons, como este...Acho que nessas horas encontro com Deus, e sinto de verdade a paz, e o conforto de sentir-se filho novamente.

Que saudade.... 

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Nosce Te Ipsum

Houve a música, houve para fazer sentir, sente para poder pensar.
Pensa em como estão as coisas, sente como esta indo, houve o que diz coração.

Todos buscam novos prazeres, a curiosidade do novo, prazer, eu estou sentindo.

Bem vindo se veio para ficar, mas será isso que desejo me tornar?

Você esta no escuro em seu quarto, vivendo na pele a depressão, usa a solidão como
 atalho par o auto-conhecimento, busca em si a diversão.

Imagine agora onde todos estão, sozinhos ou com pessoas, rindo ou sofrendo, todos
vivem tão normalmente, e entre tantos caminhos, escolheu o mais tortuoso, escolheu não ser conformado.

Se não sabes onde quer chegar talvez não lhe valha a vida, pois não conheces o mundo como é, conheces o mundo que o homem criou, e este lhe fez de vitima.

Encontre a verdade, olhe que mundo vive, possui o corpo e a capacidade para entender sua lógica, por que a ausência de disposição?

Não entenda da maneira desconexa, não entenda como contrariedade, entenda com senso de humor, estamos perdidos, construímos tudo em cima da areia, quando a mare voltar, tudo irá desabar.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Ensaio Sobre a Cegueira

Jovens sem nenhuma utopia
Caminham tensos pelas ruas de suas casas velhas
Sem nenhuma luz, sem nenhuma luz de Fernando Pessoa
Fechados nas sexuais telas da impotência
Se masturbam contemplando corpos em decomposição!
Morte da minha fé,
Onde estavam o beija-flor e o arco-íris
Na hora do nascimento dessas criaturas
Quantas gotas de flor restam nos corredores dos céus
De vossas bocas.
Quais fontes clamam por vossos nomes?
Eu entrando na virtuosa idade
E eles entrando em idade nenhuma.
Os filhos da morte burra
Cheiram o branco pó da anemia
Esqueceram que um dia tocaram na poesia da
Transgressão em pleno ventre de suas esquecidas mães
Esqueceram de colar o ouvido ao chão
Para ouvir as ternas batidas do coração das borboletas.
Os filhos da morte burra
Jamais levantam uma folha para conhecer o labor dos incertos
Jamais erguem taças ao luar para brindar a
Vigorosa lua
Os filhos da morte burra,
Desconhecem ou jamais ouviram falar em iluminação
Apenas abrem a boca para vomitar

Blake Rimbaud - Os filhos da Morte Burra.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Volte de onde não foi.

Ainda estou longe dos mares em que quero nadar.
Minhas pretensões são de proximidades religiosas, muito acima deste mero mundo.

Devemos sempre sonhar alto, afinal se não conseguir pelo menos você fez o possível para chegar lá.

Mas que depressão afinal, não estou assumindo a derrota, apenas conhecendo o terreno, pois mesmo que tenha de ser mais duro, abandono tudo que tenho para chegar onde quero...Será que serei o cumulo do egoismo?

Ou quem sabe eu amoleça, alcance o necessário para ter uma grande família e morarmos todos em uma fazenda com um confortável sofá na sala proximo a lareira, como um clássico filme americano.

Alcançarei o mais alto monte que minha criatividade puder me colocar, estarei tão longe que nem mesmo os elementos terráqueos poderão registrar, afinal a consciência transcende os elementos físicos e me faz deixar este plano.

Quero sair deste mundo de pedra, tudo as vezes parece tão arcaico, sinto as vezes que já pertenci a lago melhor, não me contento em ficar, afinal o que fiz  de tão ruim assim para não poder voltar?

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Convicção

Tenho a convicção de que seu julgamento é falho, afinal sua justiça não é a mesma que a minha.
Alias, como poderia ser, duas vidas separadas, diferentes experiencias, só poderíamos ser
diferentes, resta-nos o senso comum.

Certo foi Jesus, e esta lá escrito, a história acaba com ele pregado em uma cruz.

Não me tenha como perfeito, não sou perfeito, tenho as minhas convicções, e todas as minhas
atitudes são construídas em cima do que eu acho certo, se me tens como errado perdoe-me, não o seria se você não tivesse merecido.

Se discorda, me prove o contrário. Não amarro pensamentos, sempre resta um espaço para mudanças,
não temo as mudanças, fazer o de sempre não faz nada ser diferente.


Licença Creative Commons
O trabalho Wonder Weed World de Rodrigo Vieira foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 3.0 Não Adaptada .
Com base no trabalho disponível em wonderweedworld.blogspot.com.br .