Eu sou o morador do planeta errante, o planeta que vaga sozinho pelo breu do universo imenso.
Órfão de seu astro, esmolando um pouco de gravidade para livrar-se do tédio de sua estagnação, totalmente a merce da sorte.
Meu planeta batizado de Morte.
Eu moro em algum lugar deste gigante feioso, não importa detalhar onde, afinal é sempre escuro por aqui.
No meu mundo as paredes não tem cores, e o sentimento da moda é a depressão.
A desconexão total da alma e do corpo é uma constante, sentir-se deslocado, não demonstrar nenhum semblante, é a ordem que rege os modos da vida aqui, neste mundo distante.
Talvez pela escuridão, talvez pela solidão, talvez pelo destino, meu congelado coração se fez negro desde menino, desconhecer o amor, fez correr pelas minhas veias, o mais letal veneno.
Sou o rei deste mundo, mas não tenho poder, tenho inanição.
Sou o rei deste mundo, mas não tenho orgulho, tenho vergonha.
Sou o rei deste mundo, mas não tenho gloria, tenho derrotas.
Sou o rei deste mundo, mas não tenho vida, tenho podridão.
Mais horas se passaram, mas a Morte não girou, sei que estou envelhecendo, mas em meu mundo o dia não acabou, ele se quer começou.
Certa vez, apareceu por aqui um telescópio, por onde eu podia observar outros mundos.
O que eu vi foram planetas maravilhosos, iluminados por seus astros, planetas cheios de vida que floresciam e produziam com abundância.
Eles se quer imaginavam quão afortunados eram por abrigar tamanho dom, não se perguntavam sobre que outros mundos haveriam além de suas galáxias.
E se tomavam conhecimento, logo se esqueciam, pois o calor de seus astros os confortava logo em seguida.
Eu então o desmontei, e usei seus pedações para construir um foguete, para então tentar fugir desde mundo sombrio, mas a gravidade por aqui é tão forte, que somente me elevei a alguns quilômetros do chão.
A queda foi terrível, e a dor me ensinou que fugir não é o caminho para encontrar uma luz novamente.
Agora aguardo pacientemente o dia que o sol irá nascer de novo, sem expectativas, apenas esperando, mas o tempo não passa.
Acho que já estou no inferno, mas não lembro de ter morrido.
Órfão de seu astro, esmolando um pouco de gravidade para livrar-se do tédio de sua estagnação, totalmente a merce da sorte.
Meu planeta batizado de Morte.
Eu moro em algum lugar deste gigante feioso, não importa detalhar onde, afinal é sempre escuro por aqui.
No meu mundo as paredes não tem cores, e o sentimento da moda é a depressão.
A desconexão total da alma e do corpo é uma constante, sentir-se deslocado, não demonstrar nenhum semblante, é a ordem que rege os modos da vida aqui, neste mundo distante.
Talvez pela escuridão, talvez pela solidão, talvez pelo destino, meu congelado coração se fez negro desde menino, desconhecer o amor, fez correr pelas minhas veias, o mais letal veneno.
Sou o rei deste mundo, mas não tenho poder, tenho inanição.
Sou o rei deste mundo, mas não tenho orgulho, tenho vergonha.
Sou o rei deste mundo, mas não tenho gloria, tenho derrotas.
Sou o rei deste mundo, mas não tenho vida, tenho podridão.
Mais horas se passaram, mas a Morte não girou, sei que estou envelhecendo, mas em meu mundo o dia não acabou, ele se quer começou.
Certa vez, apareceu por aqui um telescópio, por onde eu podia observar outros mundos.
O que eu vi foram planetas maravilhosos, iluminados por seus astros, planetas cheios de vida que floresciam e produziam com abundância.
Eles se quer imaginavam quão afortunados eram por abrigar tamanho dom, não se perguntavam sobre que outros mundos haveriam além de suas galáxias.
E se tomavam conhecimento, logo se esqueciam, pois o calor de seus astros os confortava logo em seguida.
Eu então o desmontei, e usei seus pedações para construir um foguete, para então tentar fugir desde mundo sombrio, mas a gravidade por aqui é tão forte, que somente me elevei a alguns quilômetros do chão.
A queda foi terrível, e a dor me ensinou que fugir não é o caminho para encontrar uma luz novamente.
Agora aguardo pacientemente o dia que o sol irá nascer de novo, sem expectativas, apenas esperando, mas o tempo não passa.
Acho que já estou no inferno, mas não lembro de ter morrido.