sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Ensaio Sobre a Cegueira

Jovens sem nenhuma utopia
Caminham tensos pelas ruas de suas casas velhas
Sem nenhuma luz, sem nenhuma luz de Fernando Pessoa
Fechados nas sexuais telas da impotência
Se masturbam contemplando corpos em decomposição!
Morte da minha fé,
Onde estavam o beija-flor e o arco-íris
Na hora do nascimento dessas criaturas
Quantas gotas de flor restam nos corredores dos céus
De vossas bocas.
Quais fontes clamam por vossos nomes?
Eu entrando na virtuosa idade
E eles entrando em idade nenhuma.
Os filhos da morte burra
Cheiram o branco pó da anemia
Esqueceram que um dia tocaram na poesia da
Transgressão em pleno ventre de suas esquecidas mães
Esqueceram de colar o ouvido ao chão
Para ouvir as ternas batidas do coração das borboletas.
Os filhos da morte burra
Jamais levantam uma folha para conhecer o labor dos incertos
Jamais erguem taças ao luar para brindar a
Vigorosa lua
Os filhos da morte burra,
Desconhecem ou jamais ouviram falar em iluminação
Apenas abrem a boca para vomitar

Blake Rimbaud - Os filhos da Morte Burra.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Volte de onde não foi.

Ainda estou longe dos mares em que quero nadar.
Minhas pretensões são de proximidades religiosas, muito acima deste mero mundo.

Devemos sempre sonhar alto, afinal se não conseguir pelo menos você fez o possível para chegar lá.

Mas que depressão afinal, não estou assumindo a derrota, apenas conhecendo o terreno, pois mesmo que tenha de ser mais duro, abandono tudo que tenho para chegar onde quero...Será que serei o cumulo do egoismo?

Ou quem sabe eu amoleça, alcance o necessário para ter uma grande família e morarmos todos em uma fazenda com um confortável sofá na sala proximo a lareira, como um clássico filme americano.

Alcançarei o mais alto monte que minha criatividade puder me colocar, estarei tão longe que nem mesmo os elementos terráqueos poderão registrar, afinal a consciência transcende os elementos físicos e me faz deixar este plano.

Quero sair deste mundo de pedra, tudo as vezes parece tão arcaico, sinto as vezes que já pertenci a lago melhor, não me contento em ficar, afinal o que fiz  de tão ruim assim para não poder voltar?

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Convicção

Tenho a convicção de que seu julgamento é falho, afinal sua justiça não é a mesma que a minha.
Alias, como poderia ser, duas vidas separadas, diferentes experiencias, só poderíamos ser
diferentes, resta-nos o senso comum.

Certo foi Jesus, e esta lá escrito, a história acaba com ele pregado em uma cruz.

Não me tenha como perfeito, não sou perfeito, tenho as minhas convicções, e todas as minhas
atitudes são construídas em cima do que eu acho certo, se me tens como errado perdoe-me, não o seria se você não tivesse merecido.

Se discorda, me prove o contrário. Não amarro pensamentos, sempre resta um espaço para mudanças,
não temo as mudanças, fazer o de sempre não faz nada ser diferente.


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