Eu senti que o vento ia bater minha janela.
Senti naquela madrugada atrapalhando minha solidão, a luz chegando
e atrapalhando minha escuridão.
Pudera eu ficar em paz, passar anônimo por este plano.
Simplesmente afundar ate a pressão estourar meus miolos.
De todos os prazeres mundanos, nenhum me agrada mais que
o simples ato de voar.
Voar pelos pensamentos, construir dentro de mim um mundo.
Um sistema no qual eu dou as ordens.
Criar o meu universo, fazer as minhas vontades.
Trazer ao físico o que só fica dentro de mim.
Um sistema tão complexo que ao me dar conta
de sua criação só haverá uma conclusão.
Tornei-me deus de mim mesmo.
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